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Entrevista banda Papas da Língua (Zé Natálio)

  • Foto do escritor: GRIFFE SA
    GRIFFE SA
  • 3 de ago. de 2017
  • 4 min de leitura

ZAP - Porque o nome Papas da Língua? Tem algo a ver com uma antiga expressão “sem papas na língua” ou a banda simplesmente escolheu o nome?

R - O nome Papas da Lingua na real foi uma escolha sonora. O som das palavras e o fato delas serem "POP" é que nos levou a adotar este nome.


ZAP - Como vocês definiriam o disco que a banda produziu? Foi algo mais ideológico ou foi voltado para estourar em rádios?

R - Nem um nem outro. Apenas compilamos algumas músicas que gravamos nos nossos 4 cds anteriores. Tipo uma mostra daquilo que julgamos ser mesmo a cara dos Papas até então.


ZAP - Como a banda escolheu as faixas? Vocês tiveram liberdade de escolha ou sofreram algum tipo “força externa”?

R - Nós gravamos exatamente aquilo que queríamos. Sem pressão externa. Escolhemos as músicas, o formato acústico e a produção foi nossa junto com o engenheiro de som Renato Alcher.


ZAP - Como a banda vê, hoje, rádios, revistas, programas de auditórios e até canais de televisão tentando produzir “ídolos” musicais? A galera jovem não tem mais ídolos, ou a massificação musical acabou com bandas que vendiam ideologia?

R - Acho que todo e qualquer canal que possa servir de entrada, informação, é válido. Hoje temos artistas sendo lançados e formados em programas tipo reality show. Assim o grande público pode ter uma resumida/sintética idéia do caminho que percorrem os artistas. Como tudo é muito mais instantâneo atualmente, a ideologia também é efêmera nesse mundinho veloz. Nada mais é definitivo. Tudo é dinâmico. E as bandas que propõe alguma ideologia estão nascendo e morrendo a toda hora.


ZAP - Como vocês definem a caminhada da banda até aqui? Água e sombra fresca, ou trilhas de pedras?

R - Muito mais trilhas de pedras do que sombra e água fresca, com certeza.Trabalhamos 8 dias por semana para fazermos o que agente quer e gosta. Músicas com melodias, grooves legais e que satisfaça plenamente ao nosso critério e crítica. Passamos por poucas e boas. Normal. Qual a banda que não tem histórias pra contar. Nestes 13 anos de carreira poderíamos editar pelo menos um livro bem interessante de como fazer e não fazer algumas coisas. Hoje parece tudo mais fácil, mas, acredito que toda dificuldade é encarada como mais uma etapa a ser conquistada e não apenas como um grande muro a nossa frente. Estamos mais experientes, portanto.


ZAP - Como a banda lida com a pirataria? Para alguns ela é benéfica e para outros ela é maldita. Será que se não abaixasse o preço final do CD a pirataria não diminuiria?

R - Tenho certeza que se os preços fossem mais baixos todos sairiam ganhando nessa luta. Não compactuamos com a pirataria. Em alguns casos onde artistas acabam sendo divulgados e distribuídos massivamente por essa via é inegável o benefício de se ter um cd sendo vendido a preços módicos. MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUALIDADE TAMBÉM. Aparelhos estragados pela péssima qualidade dos piratas, não arrecadação de impostos e royalties para os compositores/artistas depõe contra este tipo de comércio.


ZAP - Como é a relação com seus fãs? E como a banda vê os artistas e bandas que depois de “estourarem” fecham as portas para os mesmos?

R - O Papas tem uma interação muito grande com seus fãs. Atendemos sempre desde que a estrutura local nos possibilite isso nos shows. Este contato sempre nos revela algo novo sobre nós mesmos. É fundamental, portanto. Acho que todo artista gosta de ouvir e estar em contato com aqueles que apreciam, criticam e consomem o seu trabalho. Sem este retorno do público podemos ficar sem referência. É como andar só na escuridão.


ZAP - Depois de produzirem o disco, quais são as novas etapas que a banda vai seguir?

R - Divulgar, tocar, fazer shows, parcerias com outras bandas afins e tal. Nunca esperar nada de gravadoras. Sempre correr atrás. Ser pró ativo é muito melhor do que ficar esperando a sorte passar. Ela vem. MAS VOCÊ TEM DE ESTAR PREPARADO OU NÃO ROLA.


ZAP - Quais conselhos a banda daria para as bandas locais de Itabira que querem fazer o seu som e tentar buscar o seu espaço na mídia?

R - Trabalhar, trabalhar e trabalhar. Seja qual for o som, estilo e tal. Não importa. Faça! Ponha as idéias no papel, computador, gravador de bolso, sei lá...TENHA SEMPRE EM MENTE QUE ELAS PODEM SIGNIFICAR MUITO PRA VOCÊ E PARA OUTRAS PESSOAS TAMBÉM. Canalize-as da melhor forma possível. Ponha seu bloco na rua.


ZAP - Quando vocês virão para tocar em Itabira?

R - ESPERAMOS QUE EM BREVE POSSAMOS APARECER POR Minas Gerais. Itabira estará em nossa mira, com certeza. Queremos mostrar para todo este país de dimensões continentais as melodias, os grooves com muita pegada e a nossa alegria de fazer o que realmente gostamos neste CD/DVD PAPAS DA LINGUA AO VIVO ACÚSTICO.


ZAP - Uma mensagem para os seus fãs em Itabira e para os leitores do jornal ZAP.

R - Eu gostaria de deixar aqui as palavras do SERGINHO MOAH, nosso vocalista, que na música "VIAJAR" fala assim..."É só você ter fé e sempre acreditar que tudo pode conquistar..."Valeu?? Longa vida ao ZAP e grande abraço pra todos de Itabira! Zé Natálio (Baixista)




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